Canadá - Rochosas, Kelowna e Vancouver
Nossas férias pelo Canadá iniciavam em primeiro de agosto de
2015, mas os planejamentos começaram bem antes.
A primeira coisa que fizemos quando decidimos que o Canadá seria um de
nossos destinos em 2015 foi, ainda em 2014, comprar um guia de viagens e dar
início a pesquisas na internet. Nosso
objetivo principal neste roteiro era visitar a região das rochosas.
Já no início de 2015 começamos a nos mexer para providenciar
os vistos. Voo direto do Brasil para o
Canadá só é oferecido pela Air Canadá, que costuma ser um pouco mais caro. A maior parte das companhias aéreas faz
conexão ou escala nos EUA. Sendo assim,
como não sabíamos ainda como seria nosso deslocamento até o destino final,
achamos por bem começar tirando visto para os EUA. Claro que não foi apenas por causa do aéreo
até o Canadá que tiramos os vistos, nós também tínhamos planos de fazer nossa
primeira viagem pelos EUA em 2015.
Iniciamos pelo visto americano. Embora todos reclamem de o processo ser
burocrático e de eles perguntarem MUITAS coisas, a verdade é que eles são MUITO
organizados e que é possível fazer todos os agendamentos e pagamentos pela
internet. No site obtivemos todas as
informações necessárias com clareza, preenchemos os formulários e agendamos a
ida à empresa que participa do processo e ao consulado. Nos locais onde ocorrem as entrevistas,
apesar de haver muita gente, foi muito rápido.
Com esta etapa vencida, fomos ao visto canadense. Gente, é muito mais chato! A grosso modo são os mesmos procedimentos,
mas as informações estão muito dispersas no site, e foi difícil entender qual a
documentação necessária, que formulários preencher (em papel), quanto e onde
pagar pelo visto. Também não conseguimos
um número de telefone para tirar dúvidas, apenas um e-mail que também passa por
uma série de processos até ser respondido.
Em resumo tivemos que ir duas vezes na empresa que recebe a
documentação, pois na primeira descobrimos que nossos documentos e formulários
estavam incompletos. Na segunda vez tudo
certo, e depois foi só esperar os vistos pelos Correios.
Uma vez com os vistos, programamos o roteiro a ser
percorrido em um carro alugado. Nossa
jornada iniciaria em Edmonton e terminaria em Vancouver. No meio desse caminho, deliciosas cidades no
meio das Rochosas como Jasper e Banff, e uma passada na região de Okanagan, a
principal produtora de vinhos no Canadá.
Tendo isso pronto, o próximo passo seria comprar as
passagens aéreas. Apesar de estar com
vistos americanos também e de os voos com conexão nos EUA serem mais baratos,
queríamos mesmo era ir de Air Canadá.
Primeiro porque seria mais rápido, apenas uma conexão em Toronto e
depois chegada a Edmonton, segundo porque as conexões nos EUA costumam ser
muito demoradas devido ao rigor dos agentes e quantidade de pessoas na
imigração. Outro aspecto legal seria que
iríamos de Air Canadá saindo do Rio, para onde iríamos um dia antes e
passaríamos o tempo até o embarque visitando a minha família. O problema é que a Air Canadá não vende
passagens aéreas pela internet para voos saindo do Brasil L Optamos por comprar com uma agência de
viagens, mas a pessoas que estava comprando se enrolou e quando fomos efetivar
a compra não havia mais lugar para nós.
Vale lembrar que na época da nossa viagem estavam ocorrendo jogos
Panamericanos no Canadá, com uma procura acima do normal por passagens. Em resumo, fomos de TAM, que estava vendendo
as passagens como sendo “diretas” a Toronto, mas que na prática tinha uma
“parada técnica” em Nova York. O voo era
mais barato, mas muito mais longo! Foram
quase 24h de Brasília a Edmonton (considerando as paradas).
Em geral gostamos de viajar sem fazer todas as reservas de
hotel, e assim termos um pouco de liberdade caso decidamos mudar algo no
roteiro, mas no Canadá isso não foi possível.
Nas pesquisas que fiz percebi que os lugares para onde iríamos eram
muito disputados, e iríamos em alta temporada.
Então decidimos sair do Brasil já com as reservas das cidades menores e
mais turísticas feitas, no caso Jasper, Banff, Icefields Parkway e Lake Louise. E também na cidade onde passaríamos a
primeira noite no Canada, Edmonton. Foi
uma sábia decisão! Os lugares estavam
lotados, e se não tivéssemos feito assim teríamos tido muitos problemas. Então uma dica importante é: pesquise como
estará a oferta de hospedagem na época de sua viagem e nos lugares onde
pretende ficar, ou leve barraca J
ROTEIRO
Dia 1 – 01/8 – sáb. - partindo de Brasília
Deslocamento Brasília (18h00)à Guarulhos
Guarulhos (21h40) à Toronto (13h+1)
Dia 2 – 02/8 – dom. - Toronto a Edmonton
Deslocamento de Toronto, pela Air Canadá, (AC 14h45) a Edmonton (16h57). Umas 4h de voo.
Depois de quase 24 horas de nossa saída de Brasília, enfim
chegamos! A primeira coisa que fizemos
foi a retirada do carro no aeroporto mesmo, alugado ainda no Brasil, pelo site
da Avis. Há locadoras menores e talvez
até mais em conta, mas nós pretendíamos pegar o carro em Edmonton e entregá-lo
em Vancouver, então nem todas as locadoras fornecem esse serviço. Pelas nossas pesquisas a Avis estava Ok. Tivemos a feliz descoberta de que no Canadá,
ao contrário de outros países da Europa e dos EUA, não é necessário seguro
adicional de terceiros. Em caso de
acidente o seguro comum já dá a cobertura suficiente.
Pegamos um SUV compacto mas muito bom, considerando as
distâncias a serem percorridas.
Dispensamos o GPS porque levamos o nosso, já carregado com mapas
atualizados da região que iríamos percorrer.
Em uma viagem longa de carro um GPS é fundamental.
Como Edmonton era apenas o nosso ponto de partida no Canadá,
pegamos um hotel da rede Best Western (Best Western
Plus West Wood Inn) bem à mão para o nosso caso: de fácil acesso,
perto do aeroporto e já nas proximidades da rodovia que nos levaria a Jasper. Estávamos tão cansados que, embora houvesse
restaurantes e umas lojinhas perto do hotel (e um dos shoppings famosos de
Edmonton, considerado o maior do mundo até bem pouco tempo, não fosse muito
longe) optamos por jantar no hotel mesmo e descansar.
Dia 3 – 03/8 – seg. - Edmonton a Jasper
Deslocamento Edmonton à Jasper (365 Km – 3h49)
Tomamos café no hotel e saímos logo cedo. A estrada de Edmonton a Jasper é boa, mas não
tão bonita perto de Edmonton. A paisagem
vai ficando cada vez mais bonita à medida que nos aproximamos de Jasper. Pegamos uma estrada com muito movimento,
principalmente de motor homes. Acho que
descobrimos como os canadenses gostam de aproveitar o verão, ou seja, pegando
um motor home, mais carro, mais barco, mais moto, mais um monte de coisas e
sair pelas belas estradas e paisagens do país.
Uma coisa curiosa que observamos nas estradas que pegamos no
Canadá é que a maior parte dos pontos de apoio e postos de gasolina não ficam
na rodovia, de forma que é necessário pegar uma das saídas da estrada para encontra-los. No início acreditamos que essa seria uma
característica da região das Rochosas e das pequenas cidades, mas nos
deslocamentos seguintes (fomos até Vancouver) constatamos que parecia ser assim
mesmo nas cidades maiores. Então, ao
fazer o planejamento dos deslocamentos de carro, é preciso estar atento a isso
e ao fato de que em certas regiões os postos de abastecimento são espaçados.
Para usufruir dos parques da região (Jasper, Banff e
Icefields Parkway) é necessário pagar uma taxa, cujo valor é variável
dependendo do número de dias em que se ficará no parque. Não é preciso se preocupar com esta taxa,
pois ela é enfaticamente cobrada antes de se chegar a Jasper. Aliás, da forma como fazem, acaba gerando um
pouco de engarrafamento. Apesar disso
chegamos cedo a Jasper.
Jasper é uma cidade pequena, organizada e muito
bonitinha. Parece uma cidade de casas de
bonecas.
Como era verão, com dias longos, ainda pudemos aproveitar
bastante a tarde, após almoçarmos. A 10
min da cidade ficam os lagos Annete e Edith.
Os lagos são muito próximos, uns 2min a pé entre eles, e muito
bonitos. Caminhamos bastante por ali. Como era um dia realmente quente para os
padrões canadenses (mais de 30 oC), havia muita gente na água, e eu me
arrependi de não ter colocado um biquine.
No fim da tarde fomos aos lagos Pyramid e Patricia, também
próximos à cidade, e para onde muita gente costuma ir para apreciar o pôr do
sol.
Os restaurantes fecham relativamente cedo, e nessa primeira
noite encontrados um restaurante grego bom e barato onde jantamos.
Dia 4 – 04/8 – ter. - Jasper
Nosso hotel não incluía café da manhã, mas dava desconto na
lanchonete que ficava nas dependências do hotel, e cuja comida era muito boa.
Tomamos café cedo e fomos ao Centro de Atendimento ao
Turista, no centro de Jasper, para nos informamos a respeito dos locais para
passeios e sobre como proceder caso encontrássemos um urso. A recomendação é andar em grupos, fazer
barulho para afugentar o uso, ter um spray de pimenta, e outras instruções que
variam bastante, já que os ursos podem ter um comportamento imprevisível e que
muda caso se trate de um “black bear” ou “grizzly bear”). Enfim, saímos dali e passamos numa loja
próxima e compramos um sininho e um spray de pimenta. O spray considero importante, mas o sininho
depois de usá-lo por poucos minutos já tinha vontade de atirá-lo longe. O barulhento se torna irritante. Além disso, descobrimos que ele não é assim
tão eficiente. Parece que os ursos se
assustam mais com vozes humanas (por que será, né?, humanos são tão “gente
fina”) do que com sininhos. Abolimos o
uso do tal sininho.
Seguimos na direção do Maligne Lake, via Maligne Road
(estrada com aproximadamente 45 Km de extensão). Nesse caminho fizemos várias paradas para
pequenos passeios e para tirar fotos. A
primeira parada foi no Maligne Canyon (a 10Km da cidade), onde fizemos uma
pequena trilha ao longo do rio Athabasca e que devia ter em torno de 2Km.
Depois pegamos o carro e a parada seguinte foi no Medicine
Lake, um lago muito bonito alimentado pelo Maligne River, mas que apresentava
indícios de um incêndio relativamente recente.
Seguimos calmamente até o Maligne Lake (a 44Km de Jasper), com direito a algumas paradas para tirar fotos de animais que cruzam a estrada.
No Maligne Lake é possível alugar uma canoa, mas preferimos fazer pequenas trilhas a pé. Esse dia não estava tão quente quanto o anterior, de forma que não me aventurei na água, embora estivesse preparada para isso (coloquei o biquine!). Fizemos três trilhas distintas que, juntas, devem ter somado uns 8 Km. Todas muito tranquilas, exceto a última que nos pareceu muito vazia (só Alexandre e eu, praticamente) e ficamos com um pouco de receio que aparecesse algum urso. Optamos por retornar, principalmente porque era uma trilha com muita subida.
Nas trilhas fizemos nosso lanche, comprado na véspera, e pudemos apreciar aves e outros animais, inclusive uma família de “mooses” que se banhava em um pequeno lago e que “pescava” algas no fundo do lago. Muito interessante, nunca imaginei que eles comessem esse tipo de coisa J
Terminamos nossas caminhadas na lojinha de souvenirs que tem no local, bebemos algo e iniciamos a volta a Jasper. No caminho nos deparamos com um local muito bonito, com um pequeno riacho cheio de aves e que rendeu belas fotos.
Nesta noite nos preparamos para jantar no nosso quarto de
hotel. Compramos pães, vinho canadense
(para prestigiar o país que estamos visitando e aumentar a “experiência” de
viagem), salame, queijos e chocolates.
Dia 5 – 05/8 – qua. - Jasper
Mais um dia que iniciamos bem cedinho, mas o tempo não
estava ajudando muito. A temperatura
caiu e ameaçava chuva. E eu, sei lá por
que razão, não levei um casaco impermeável.
Acabei comprando um para me proteger caso resolvesse chover de
fato. Nada quente, mas que me mantivesse
seca. O bom é que a chuva não engrenou,
alguns pingos de vez em quando, mas nada que atrapalhasse.
Nosso destino inicial seria o Athabasca Falls, mas no
caminho passamos pela entrada para o monte Edith Cavell, e decidimos ir até lá
primeiro. Desse monte se tem uma bela
vista de um glaciar, após uma trilha curtinha.
Aliás o caminho até o ponto onde inicia a trilha também é lindo, e vale
a pena parar, tirar fotos e fazer pequenas (ou longas) caminhadas.
Depois seguimos para o Athabasca Falls, uma que d´água muito interessante. Lugar bonito, bem estruturado, com muitos pontos para pic nic, e onde aproveitamos para fazer o nosso.
Mais tarde voltamos para cidade e paramos em um local bem
perto do nosso hotel, que tem um lago muito bonito, uma estradinha boa
caminhadas e pedaladas, e que vai até as proximidades de um campo de golf.
Na cidade há um teleférico, mas o dia não estava bom o
suficiente para um passeio assim, de forma que tiramos o fim de tarde para
passear pela cidade mesmo.
À noite fomos ao maravilhoso restaurante Syrahs. Havia uma pequena fila de espera para quem
não tinha reserva, mas valeu a pena. O
ambiente é agradável e o atendimento espetacular. Enquanto nosso prato não ficava pronto (um
prato com carne de “elk”) nos ofereceram deliciosas entradinhas, sem custo
adicional. E a sobremesa foi um “cheese
cake” de chocolate que estava simplesmente divino! Tudo isso mais um bom vinho canadense foi
para fechar com chave de ouro nosso período em Jasper.
Dia 6 – 06/8 – qui. - Primeiro dia na Icefields Parkway
Nós reservamos dois dias para fazer o percurso de Jasper a
Banff (288 Km) pela Icefields Parkway. A
Icefields Parkway é considerada uma das estradas cênicas mais lindas do
mundo! E depois de percorrê-la posso
assegurar que é mesmo, mesmo sem ainda ter conhecido todas as outras J Ela tem esse nome porque passa por
importantes “icefields” (geleiras, ou glaciares) nas Rochosas canadenses.
Nosso objetivo era fazer o trajeto com muita calma, parando
nos diversos pontos para observar as belezas do lugar e a fauna. Não tivemos tanta sorte assim com a
fauna. Vimos um alce lindo na saída de
Jasper que não conseguimos fotografar (muito arisco) e muitas aves, mas nada
além disso. Nem ursos. Queríamos muito avistar um urso – de uma
distância segura, é claro.
Nosso pernoite seria no hotel Glacier View Inn, perto da
geleira Athabasca, junto ao Columbia Icefields Centre, e queríamos chegar lá
com tempo suficiente para fazer a visita, que tem que ser feita em um ônibus
especial, chamado Ice Explorer, que leva você até bem pertinho do glaciar. Passeios por conta própria são possíveis, mas
não para chegar às barbas do glacial.
Apesar das muitas paradas para fotos, contemplação, caminhadas e lanche,
chegamos ao Columbia Centre com tempo suficiente para fazer ambos os passeios
no Athabasca Glacier, a pé e no ônibus.
O passeio do Ice Explorer sai a cada meia hora, mais ou menos, mas como
era verão e havia muita gente só conseguimos agendar mais para o fim da
tarde. Enquanto isso exploramos o local a
pé. Apesar de ser um pouco salgado, o
passeio do ônibus vale a pena, principalmente para quem nunca viu um glacial
assim tão de perto.
Não há muitas opções de hospedagem na Icefields Parkway, e o
hotel que escolhemos também foi uma boa opção, pois sua localização e nos
permitiu contemplar a beleza do lugar ao anoitecer, ao amanhecer... enfim,
aproveitar todos os matizes de cores, luzes e sombras que a natureza pode
oferecer num lugar como esse.
Dia 7 – 07/8 – sex. – 2º dia na Icefields Parkway
Saímos cedo do hotel e pegamos a estrada voltando um pouco
no sentido contrário ao que deveríamos ir, com o objetivo de tentar ver um
pouco mais da fauna local, já que era tão cedo.
Não deu certo. Rodamos um
pouquinho nesse sentido e voltamos, retomando nossa programação.
Neste dia dormiríamos em Lake Louise, uma vila que fica a
uns 10Km do lago de mesmo nome. Mas no
caminho fizemos muitas paradas, pois a estrada é belíssima. Também fizemos algumas caminhadas e paradas
para lanche.
Um destaque nessa estrada é o lindíssimo Peyto Lake. Pense num cenário perfeito de contos de fadas... então, é o cenário do Peyto Lake! Uma pequena trilha sobe até um ponto de onde é possível obsevá-lo. Trilha fácil e a vista de lá vale toda a viagem, sem exagero.
Um destaque nessa estrada é o lindíssimo Peyto Lake. Pense num cenário perfeito de contos de fadas... então, é o cenário do Peyto Lake! Uma pequena trilha sobe até um ponto de onde é possível obsevá-lo. Trilha fácil e a vista de lá vale toda a viagem, sem exagero.
Peyto Lake |
Chegamos relativamente cedo ao nosso hotel, então fomos
curtir o resto da tarde no próprio Lake Louise.
O lugar estava lotado, mas também não era para menos, num dia lindo de
muito sol no verão canadense acho que ninguém fica trancado em casa ou nos hotéis.
Passeamos pela volta do lago e fizemos uma pequena trilha
que nos permitiu observá-lo de cima, com todos os barquinhos navegando e o
Chateau Lake Louise ao fundo.
Voltamos para o hotel à noitinha e logo em seguida saímos para jantar. A vila Lake Louise é uma gracinha, mas pequena.
Há vários restaurantes, mas o número de turistas é muito maior.
Acabamos jantando em um pub, e o critério de seleção foi o tamanho da fila de espera. Mas apesar do critério nos demos bem.
Dia 8 – 08/8 – sáb. - Lake Louise
O
dia iniciou bem cedo. Pretendíamos andar
bastante neste dia e fomo muito bem sucedidos no intento.
Após
o café deixamos o hoyel e voltamos ao Lake Louise. Nosso objetivo era fazer a trilha Plain of
Six Glaciers e visitar a Tea House que fica no local e de lá seguir por outra
trilha até o Agnes Lake, onde há outra Tea House. Assim o fizemos.
Andamos muito nesse dia, mas valeu muito a pena a Plain Six Glaciers é uma trilha longa, com bastante subida, mas cujo visual compensa qualquer sacrifício. Além disso, é uma trilha um pouco menos disputada (talvez por ser mais longa) do que a do lago Agnes. A trilha do Agnes é a mais famosa do lugar – não dá para deixar de ir, mas se for para fazer apenas uma, recomendaria a Plain Six Graciers.
Andamos muito nesse dia, mas valeu muito a pena a Plain Six Glaciers é uma trilha longa, com bastante subida, mas cujo visual compensa qualquer sacrifício. Além disso, é uma trilha um pouco menos disputada (talvez por ser mais longa) do que a do lago Agnes. A trilha do Agnes é a mais famosa do lugar – não dá para deixar de ir, mas se for para fazer apenas uma, recomendaria a Plain Six Graciers.
Na 1a Casa de Chá |
E
como a gente gosta de andar, ainda fomos visitar o Moraine Lake. Outro lago lindo que fica pertinho do Lake
Louise. A essa altura do campeonato é
tanto lago lindo que você começa a ficar muito exigente com a beleza dos
lugares, rs.
O
Moraine Lake também estava cheio de gente, mas mesmo assim menos populo que o
disputadíssimo Louise. Preferimos não
alugar barco, embora isso fosse possível tanto no Louise quanto no Moraine, mas
estávamos cansados da caminhada. Tomamos
um café e pegamos a estrada, pois ainda tínhamos que chegar a Banff.
Há
duas estradas que vão a Banff, a mais atual, Highway 1 ou Transcanada, e a antiga, Highway 1A ou Bow Valley Parkway. Ambas são bonitas, mas a mais antiga permite ver melhor as
paisagens, a fauna e fazer pequenas paradas para fotos, pois é estreita e
bem em meio à floresta. E ideal para
quem deseja se encontrar com algum animal selvagem no caminho, e nós ainda
tínhamos esperança de ver “nosso” urso.
Então
não tivemos dúvidas: pegamos a estrada mais antiga. Não vimos os animais selvagens, mas curtimos
belas paisagens e fomos parando. O bom
do verão canadense é que os dias são muito longos, de forma que chegamos a
Banff ainda com um restinho de sol.
Dia 9 – 09/8 – dom. - Banff
Banff é uma cidade muito bonitinha. Assim como Jasper, parece ter sido montada
com casinhas de bonecas, mas é uma cidade maior. E pegamos um período festivo, com música ao
vivo no jardim da cidade e muitos turistas (lembrem-se: é verão e o Canadá está
em êxtase com isso, rs).
Passeamos pela cidade, tiramos muitas fotos, fizemos algumas
comprinhas principalmente na loja da North Face, onde encontramos alguns
artigos muito interessantes para quem curte Trekking.
Banff tem uma gôndola, e como o dia estava bonito fomos para
lá logo cedo. Confesso que quando vi as
gôndolas e a altura senti um pouco de medo, mas fomos em frente!
A gôndola sobre muito tranquilamente, e o visual de lá de
cima é lindo. Dá para ver toda a cidade
e as montanhas ao redor. Muitas pessoas
vão a pé, mas a caminhada é puxada, com subida forte.
Chegando de gôndola ainda é necessária uma pequena caminhada caso se deseje ir até o topo, mas o caminho é todo pavimentado, com locais para paradas e bancos para descanso ao longo do caminho. Ao fim da trilha, um antigo observatório do clima.
Na volta, almoço e mais passeios pela cidade e arredores. Na entrada da cidade há um parque com vários animais, e vale a visita.
Já tínhamos explorado muito a cidade no dia anterior, então
passamos no Centro de Atendimento ao Turista para nos informarmos sobre alguma
trilha. Nos indicaram algumas trilhas de
1 dia, e optamos por uma que não tinha muita subida mas que seria muito florida
e com um visual bacana. Optamos por
esta.
De fato o visual era muito bonito e em dado ponto da trilha havia muitas, muitas flores silvestres. Mas havia mais subidas do que eu imaginava a princípio (fiquei pensando como teria sido a outra, que subia com gosto!).
Dia 11 – 11/8 – ter. - Banff a Kelowna
De fato o visual era muito bonito e em dado ponto da trilha havia muitas, muitas flores silvestres. Mas havia mais subidas do que eu imaginava a princípio (fiquei pensando como teria sido a outra, que subia com gosto!).
Dia 11 – 11/8 – ter. - Banff a Kelowna
Dia de deixar Banff e iniciar uma nova fase na nossa
viagem. Agora inicia uma parte mais
urbana. Próxima parada Kelowna, região
produtora de vinhos!
Nosso deslocamento até Kelowna foi de aproximadamente
487Km. A estrada tinha um visual bem
bonito, mas era bem movimentada, com muitos trechos em obras e não era assim
nenhuma “Brastemp”. Esperávamos uma mega
estrada, como as autobans alemãs, mas não era assim. Com todas essas características foi uma
viagem de baixo rendimento e bastante cansativa. Não chegamos a Kelowna tão cedo quanto
imaginávamos, e tivemos que comer num fast
food em um trecho da estrada que onde o trânsito estava praticamente
parado. Almoçamos num Deny’s, que não
conhecíamos, mas que apesar de ser um fast
food havia umas opções legais de refeições.
Pedimos um prato do menu “sênior” (para idosos?), e a garçonete ainda
perguntou “este é um item do cardápio ‘senior’, é isso mesmo?”. Respondemos que sim, e achamos engraçado
haver essa diferenciação. Mas faz
sentido, se há um menu “kids”, por que não um “seniors”?
Nosso hotel em Kelowna era no estilo motel americano, e foi
a primeira vez que nos hospedamos em um hotel assim. O “custo x benefício” era muito bom. Hotel novo, com quarto todo equipado, com
estacionamento na porta, bem localizado e bom preço. Só o café da manhã é que era bem simples, mas
tudo bem.
Como ainda tínhamos um restinho de tarde, fomos explorar a
cidade, que fica às margens de um lago gigantesco. A vida parece girar em torno desse lago. Muita gente na volta do lago curtindo a tarde
e, vejam que interessante, uma parada gay!
Na volta do lago muitos apartamentos de luxo, com “estacionamento” para
os barcos, muitos restaurantes, sorveterias, praças, pistas de corrida,
etc. Enfim Kelowna é uma cidade de porte
médio muito bem estruturada. À noite
voltamos para jantar num restaurante perto do centro, mas sem vista para o
lago. Saímos dali e fomos tirar umas
fotos noturnas na beira do lago, e encontramos casualmente um libanês residente
em Kelowna muito simpático e fã do futebol brasileiro. Ficamos mais de hora conversando com ele
sobre a vida no Canadá, o futebol no Brasil, a Copa de 82 e a de 2014, e sobre
a Líbia.
Dia 12 – 12/8 – qua. - Kelowna e as vinícolas do Okanagan Valley
Passamos o dia fazendo tour pelas vinícolas de Okanagan
Valley. Uma ponte atravessava para outra
margem do lago, onde ficam as principais vinícolas. Iniciamos pela Mission Hill, um lugar
belíssimo, não só pelos vinhedos mas por toda estrutura. A vinícola foi criteriosamente projetada para
reunir a beleza natural do lugar com uma arquitetura de bom gosto e belas obras
de arte. Fizemos um tour com degustação
ainda cedo, e depois almoçamos no recomendadíssimo restaurante da
vinícola. Almoço divino, com tudo a que
se tem direito: vinho, entrada, prato principal, sobremesa e vinho de
sobremesa. Esse vinho de sobremesa
chamou nossa atenção. Era delicioso, e
foi inevitável sair de lá com uma garrafa na mão.
Visitamos outras vinícolas grandes na região e fizemos algumas compras. Mais para o fim da tarde fomos visitar umas vinícolas menores, quase artesanais, mas bem conceituas, e algumas que trabalham com uvas características do Canadá e praticamente não cultivadas em outros lugares.
À noite escolhemos um restaurante bem legal, chamado Bacaro
Kitchen & Drink, que servia vinhos em taças. Então ficamos variando os vinhos e os
petiscos, combinando-os. Foi um dia de
muitos drinks.
Dia 13 – 13/8 – qui. - Kelowna a Vancouver
Dia de deixar Kelowna e ir para Vancouver, distante 396Km. Dessa vez, ao contrário do último
deslocamento, foi tudo bem tranquilo e pegamos boas estradas. Aos poucos a paisagem foi mudando e se
tornando mais urbana. Complicada mesmo
foi a chegada a Vancouver. Escolhemos um
hotel bem central, que facilitasse nossos deslocamentos. Talvez em função de algumas obras urbanas,
algumas ruas estavam com o sentido alterado, e nosso GPS não estava informado a
respeito. Houve algumas “perdidas”, mas
conseguimos encontrar nosso hotel, deixar nossas coisas e sair em busca da
locadora para entregar nosso carro.
Optamos por não nos deslocarmos de carro em Vancouver e usar o
transporte público mesmo, além de caminhar bastante. Por tudo isso um hotel bem localizado era
importante.
Vencida esta parte de chegar ao hotel e entregar o carro,
era aproveitar ao máximo o pouco tempo que teríamos em Vancouver. E começamos por explorar um delicioso café
que havia bem pertinho da locadora, chamado Faubourg. Ambiente lindo e cheio de guloseimas tão
fascinantes aos olhos e ao estômago que no dia seguinte lá estávamos nós outra
vez!
Saímos caminhando nessa tarde sem um rumo muito definido,
entrando e saindo por ruas movimentadas e com prédios modernos no centro de
Vancouver. Fomos em direção à orla e
terminamos por ir até o Canadá Place, importante área do porto e que tem,
talvez, a construção mais conhecida de Vancouver, com suas velas brancas, um
símbolo da cidade.
Dalí fomos caminhando, sempre pela orla, na direção oposta
até chegarmos ao parque da cidade, o Stanley Park, um dos maiores parques
urbanos da América do Norte.
Vale dizer que toda essa região é uma área de lazer gigantesca, onde as pessoas saem passear, correr, andar de bicicleta, tomar banho de mar (apesar da água ser bem fria), etc., e onde há alguns palcos armados para espetáculos ao ar livre. No parque também há museus e um importante aquário (Vancouver Aquarium), mas devido a nossas restrições de tempo, optamos por não visitar esses lugares, que podem tomar até um dia inteiro. Ficaram para uma próxima visita a Vancouver.
Vale dizer que toda essa região é uma área de lazer gigantesca, onde as pessoas saem passear, correr, andar de bicicleta, tomar banho de mar (apesar da água ser bem fria), etc., e onde há alguns palcos armados para espetáculos ao ar livre. No parque também há museus e um importante aquário (Vancouver Aquarium), mas devido a nossas restrições de tempo, optamos por não visitar esses lugares, que podem tomar até um dia inteiro. Ficaram para uma próxima visita a Vancouver.
Essa tarde estava realmente especial, quente e ensolarada.
Voltamos em direção ao nosso hotel já anoitecendo, e no caminho paramos para jantar no Banana Leaf, um restaurante de comida malásia. Como não conhecíamos nada da culinária malásia foi uma experiência excelente, pois é sempre muito bom explorar novos prazeres gastronômicos.
Voltamos em direção ao nosso hotel já anoitecendo, e no caminho paramos para jantar no Banana Leaf, um restaurante de comida malásia. Como não conhecíamos nada da culinária malásia foi uma experiência excelente, pois é sempre muito bom explorar novos prazeres gastronômicos.
Dia 14 – 14/8 – sex. - Vancouver
Último dia em Vancouver era para ser aproveitado ao máximo,
certo? Certíssimo, e foi o que
fizemos. Tomamos nosso café da manhã bem
cedinho e fomos aproveitar o dia que, infelizmente, amanheceu meio encoberto e
ameaçando chuva. Mas nada disso nos
intimidou, e lá fomos nós caminhando pela cidade até a orla, mais precisamente
até o porto de onde sai o Sea Bus para Granville Iland, uma das áreas culturais
mais vibrantes da cidade, e que já foi uma zona decante. Muitas fotos pelo caminho até o porto de onde
saem os barcos para Granville Iland. A
travessia é bem rápida. Em Granville
Island também fica o Public Market, o mercado público de Vancouver que abre
diariamente. A visita a este lugar é
obrigatória! Cheio de lojinhas, barracas
de comidinhas, restaurantes, enfim, muitas novidades e variedades.
Inicialmente pensamos em almoçar no Public Market, mas como
ainda era muito cedo, apenas tomamos uma bebida quente (um café de alguma parte
exótica do mundo) tomamos o barco de volta.
Andar pelas ruas do centro de Vancouver é uma experiência
bacana. Passamos por vários prédios,
esculturas e construções históricos, sendo um deles um relógio movido a vapor,
que foi totalmente recuperado, e que de hora em hora faz a alegria dos turistas
expelindo baforejadas de vapor.
A chuva continuava ameaçando, sem pegar forte, e como já tínhamos
andado muito, paramos para almoçar no The Flying Pig que, como o nome sugere,
há muitas opções de carne suína no cardápio.
Saindo dalí fomos caminhando até o bairro chinês de
Vancouver. Este bairro é interessante,
mas nada tão impressionante quanto a China Town de San Francisco, nos EUA.
À tarde voltamos ao café do dia anterior e passamos numa
chocolateria canadense chamada Rocky Mountain e compramos umas “lembrancinhas”
de viagem para nós e alguns amigos e parentes ali. Delícia de “lembrancinha”!
Deixamos nossas comprinhas no hotel e fomos apreciar o pôr
do sol na praia. Na verdade não vimos o
sol, que neste dia estava tímido, mas mesmo assim o fim de tarde foi bonito.
À noite jantamos no restaurante grego chamado Stepho’s. Comida boa, a bom preço e farta, muito
farta! Poderíamos ter pedido apenas um
prato para dividir, o que daria bem para um casal.
Dia 15 – 15/8 – sáb. - retorno ao Brasil
Dia de iniciar a longa volta para o Brasil. Antes de partir, perguntamos no hotel como proceder para descartar corretamente nosso spray de pimenta contra ursos. Sim, ainda estávamos com ele, não vimos nenhum urso (pena) e não queríamos nos arriscar a fazer alguma bobagem com o spray. Fomos orientados a deixar o spray no quarto do hotel, que eles mesmos se encarregariam do descarte. Assim o fizemos.
Nosso voo estava previsto para sair de Vancouver,
pela Air Canadá, às 7h da manhã e teria 2h de espera no aeroporto de Toronto
até pegarmos o voo da Tam de volta ao Brasil.
Chegamos ao aeroporto às 5h e descobrimos que nosso voo tinha sido
remarcado para as 9h! Ou seja, perderíamos
nossa conexão para o Brasil. Bem, aí começou
uma correria, uma verdadeira maratona.
Explicamos nossa situação no check in, pois queríamos embarcar em algum
outro voo, já que havia vários da Air Canadá partindo de Vancouver a Toronto. O problema é que estavam todos lotados, então
despachamos nossa bagagem e entramos numa fila de espera. Não conseguimos vaga no voo de 6h30, nem no
de 7h30, mas conseguimos no de 8h. Então
havia uma esperança! E no embarque nos
disseram que os voos em Toronto estavam todos atrasados devido ao mal
tempo. Chegando a Toronto nos deparamos
com um dia lindo, se nuvens, nem uma brisa e nosso voo não atrasou. Quem atrasou fomos nós, e nossas malas, que
não chegaram a Toronto. Ao tentar
embarcar descobrimos que, como nosso voo pela Tam faz escala em NY, a migração
americana é feita em Toronto, e não em NY.
E a pessoa da migração disse que só poderíamos passar pela migração com
as bagagens e um novo cartão de embarque.
Tentamos explicar que nossas malas estavam extraviadas, mas não houve
jeito! Foi preciso uma pessoa da Tam
para nos dar um papel por escrito informando o extravio das bagagens, e nos
acompanhar por todos os processos para que pudéssemos passar à frente nas filas
da migração, pois só faltava Alexandre e eu no avião, que já estava pronto para
fechar as portas e partir. Olha, foi uma
correria danada! Por fim, após passar
pela última “barreira” da migração a pessoa que nos acompanhava disse “agora
corram porque a partir daqui não posso mais acompanhar vocês, corram que o
avião vai sair”! E assim vivemos mais
uma edição da modalidade “corrida em aeroportos” (não, essa não foi nossa
primeira vez). Saí correndo pelo
aeroporto com sapatos desamarrados, quase caindo, porque tive que tirá-los no
raio-x e não tive tempo de amarrá-los. E
pelo caminho cruzamos com alguns funcionários da Tam que diziam “vocês vão
pegar o avião da Tam para o Brasil? Cooorrrrammm porque só faltam vocês”. Acho que teve até torcida. Enfim cruzamos a linha de chegada, digo,
embarcamos!
Dia 16 – 16/8 – dom. - A chegada a Brasília
E para fechar com “chave de ouro” nosso voo de volta ao
Brasil, na chegada a Brasília, após quase 24h de viagem, o avião arremete antes
de pousar. Terceira vez que isso
acontece comigo, mas dessa vez recebemos do piloto uma explicação preocupante: “por
problemas de performance na aeronave achamos melhor arremeter”. Preocupação total, todo mundo de olho
arregalado e respirando fundo! Como
assim problemas de performance na aeronave?
Problema no trem de pouso? No
reverso? Sem freios? Detesto explicações genéricas, que podem
significar tudo, inclusive nada. Mas
acabou tudo bem. E nossas malas,
espertinhas, ficaram viajando mais um pouquinho e só chegaram na noite do dia
seguinte – intactas, sãs e salvas J
E nós já estamos com saudades do Canadá e de uma nova
viagem. Esses pequenos sustos e
correrias fazem parte da viagem, e logo entram na lista de histórias para se
contar e rir delas depois que passam.
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