segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Cidade do México, Yucatán e Chiapas




Em dezembro de 2013, eu e minha esposa encaramos uma viagem pelo México, com um forte componente de turismo histórico, principalmente devotado aos legados das civilizações pré-colombianas - maias, teotiuacanos e astecas. Aproveitamos também um pouco do Caribe na península de Yucatán, ao sul. Em Yucatán, alugamos um carro e percorremos mais de 3.000 km entre os estados de Quintana Roo, Yucatán e Chiapas, onde entramos em uma região muito pobre, mas também bela e autêntica.



Nossa viagem foi também uma jornada gastronômica por uma das culinárias mais ricas do planeta, onde comemos de praticamente tudo que apareceu pela nossa frente, de modo a entrar em contato com uma cozinha muito diferente do padrão dos restaurantes mexicanos espalhados por aí.




05/12 Qui - de Brasília a Cidade do México


Deslocamento aéreo de Brasília à Cidade do México com conexão no Panamá. Fomos pela Copa Airlines, que parece dominar o transporte aéreo na região centro americana. O aeroporto da cidade do Panamá é grande, com voos para toda a região. Há um freeshop no aeroporto, mas nada muito impressionante ou vantajoso.

Chegamos na Cidade do México e fomos recepcionados por um congestionamento monstruoso. Perguntei a razão daquilo ao motorista e ele disse que eram "las protestas", já que havia uma proposta de privatização da exploração de petróleo. Nos sentimos no Brasil.








06/12 Sex - Cidade do México
A visita ao Museu Antropológico do México é um programa quase obrigatório. O acervo relacionado às civilizações pré-colombianas é provavelmente o mais expressivo do mundo. Contudo, a visita carrega uma complexidade: o vulgo sempre crê que existiram no México, antes da chegada de Cortez, dois povos, os Maias, na península de Yucatan e os Astecas nas cercania da Cidade do México, mas na verdade o número de povos com razoável grau de desenvolvimento naquela época é muito maior.


Assim, no museu são apresentados, os toltecas, os mixtecas, os olmecas, os zapotecas, os teotiuacanos, os monte albanos etc. Essa profusão de povos em movimentação em um espaço temporal de uns 3000 anos é o suficiente para dar um nó na cabeça de qualquer um. Mesmo assim, a visita ao museu é instrutiva e, se feita com calma, ocupa um dia inteiro.




07/12 Sab - Cidade do México

Visita a dois bairros pitorescos da Cidade do México. San Angel e Cohioacan são ligados por uma das mais antigas ruas da América Latina. Caminhamos muito por entre os casarões coloniais e chegamos exaustos ao final da jornada.

Foi o dia também de visitas as casas de Diego Rivera e Frida Kahlo, e do museu dedicado a esta última. As casas do casal de artistas tem uma arquitetura bastante singular em sua simplicidade. São extremamente funcionais e são ligadas por uma passagem aérea, visto que os dois tinha sérios problemas de convivência. O museu da Frida reúne primordialmente objetos pessoais, escritos e ferramentas de trabalho, o que ajuda a dar uma perspectiva mais ampla de sua figura. Achamos curioso observar como uma mulher que não era bonita no sentido convencional da palavra poderia ser sensual e sedutora.




08/12 Dom - Teotiuacan
Visita a Teotiuacan
A cidade de Teotiuacan, lar da antigos teotiuacanos, povo que entrou na obscuridade antes da hegemonia do império Asteca, fica a algumas dezenas de quilômetros da Cidade do México. Contratamos um passeio que conbria também uma escapada até a basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. Embora a basílica a princípio não nos interessasse muito, a visita se demonstrou bastante interessante.



Teotihuacan tem um conjunto arquitetônico bastante impressionante. Pode-se subir nas duas pirâmides principais, o que é um pouco raro nos sítios arqueológicos mexicanos. A pirâmide do Sol é gigantesca e tem a base do tamanho da grande pirâmide do Egito, ainda que sua altura seja significativamente menor.

A visita à basilica foi uma mostra da curiosa religiosidade mexicana: intensa, passional e sincrética. Havia uma multidão na basílica, que incluia danças indígenas, pessoas trajando vestes que remetiam à ancestralidade maia ou asteca e gente fazendo piquenique na praça principal. A igreja, por sua vez, embora gigantesca, é só mais uma igreja. Nada de novo com relação a esse aspecto. A experiência, nesse caso, é essencialmente cultural.
Jantamos em um pequeno restaurante com uma comida muito tradicional. Comemos uns antojitos como entrada, depois minha esposa seguiu com uma sopa de hongos (cogumelos), enquanto eu optei por algo mais hard e pedi os Romeritos, que são feitos com uma erva, que dá nome ao prato e um mole que leva um número infindável de ingredientes: feijão, passas, chocolate, três tipos de chile etc. O prato foi saboroso, mas exótico e muito picante. A sopa de hongos estava legal e leve.



09/12 Seg - Cidade do México

O dia, dedicado à visita do centro histórico, revelou-se um pouco frustrante. Era uma segunda-feira e muitos dos monumentos e museus estavam fechados. Quase tudo no circuito turístico fecha na segunda-feira e, por isso, é bom estar atento na programação. Teohtiucan abre na segunda, assim, o melhor seria termos feito um ligeiro ajuste no nosso programa. Mesmo assim, acho que não perdemos muito na nossa caminhada pela centro histórico. 

Jantamos no Café Tacuba, tradicionalíssimo, que conta com um menu bastante genuíno. Há um grupo de mariachis que tocam no café há 19 anos e são muito bons. Esses cantores tipicamente mexicanos são, algumas vezes, pitorescos, mas outras simplesmente inconvenientes. Não era esse o caso dos chicos do Café Tacuba: eles tinham um repertório interessante, eram músicos sensacionais e não tinham uma postura agressiva: faziam o seu trabalho e depois, amistosa e tranquilamente, passavam recolhendo as propinas. Voltamos de metrô, que conta com várias linhas e parece ser a melhor opção de transporte na cidade.




10/12 Ter - da Cidade do México a Playa del Carmen
Deslocamento aéreo Cidade do México até Cancun
E rodoviário de Cancun até Playa del Carmen
Viajamos pela AeroMéxico, o que foi um experiência sem sobressaltos.
Em Cancun pegamos o carro alugado, que tinha uma diária, acordada previamente pela internet, razoavelmente barata. Em compensação, o valor do seguro, que só pode ser contratado localmente, era bastante caro. O valor de US$ 57 por dia foi uma despesa superior ao inicialmente previsto, mas entendemos que era necessário. Geralmente, seguros altos indicam riscos altos.
Iniciou-se assim o nosso roteiro de carro, que consistiu basicamente no seguinte percurso:


Em Playa del Carmen, cansados, acabamos por ficar no primeiro hotel que encontramos, que se revelou meio chinfrim. Jantamos na praia um atum selado e tomamos um balde de mojitos - alguns drinks nessa região são exageradamente grandes. Na madrugada, tive sérios problemas intestinais, que se acabaram por se estender, de forma mais moderada, por vários dias. O México é um lugar com uma cozinha riquíssima, mas com uma condição de saneamento longe da ideal. Meus problemas foram decorrentes de termos experimentado praticamente tudo de comer que surgia à nossa frente, mas não atrapalhou em [quase] nada o passeio.

11/12 Qua - de Playa del Carmen até Valladolid
Visita a Tulun e Coba








Devido aos já citados problemas intestinais e ao mau tempo. Decidimos seguir na viagem terrestre, deixando a parte litorânea para depois. As ruínas de Tulun ficam à beira mar, ao sul de Cancún, em um lugar muito bonito, mas um pouco prejudicado pelo tempo nublado. Havia uma multidão de turistas vindos de Cancún, já que essas são as ruínas maias mais próximas da cidade. 



Depois seguimos para Coba, que foi uma grata surpresa, com suas ruínas tomadas pela mata. O sítio arqueológico está espraiado em uma área relativamente ampla, mas o pessoal alugas bicicletas, que podem ser usada com facilidade em um terreno bastante plano. Há uma pirâmide - que por estar amparada em um morro, mais nos parece mais uma semi-pirâmide, se é que a palavra exite - bastante alta e que pode ser subida com disposição e muito, mas muito, cuidado.
Dormimos em Valladolid por duas noites, já que fizemos dessa cidade a nossa base para a visitação de Chi Chen Itzá.









12/12 Qui - Chi Chen Itzá


Chegamos a Chi Chen Itzá cedo, o que foi muito bom, já que mais tarde, por volta de meio dia, é hora na qual chegam as hordas de turistas antropófagos de Cancún. Optamos por contratar um guia e tivemos a sorte de encontrar um senhor bastante tranquilo, que nos mostrou toda a cidade. Achamos o preço dos guias justo, mas infelizmente é um pouco desagradável a forma a postura apressiva de alguns, que praticamente se jogam na frente dos carros em movimento para obter clientes.

Depois visitamos três Cenotes, que são formações geológicas típicas da região: afundamentos de solo, às vezes na forma de cavernas, com águas cristalinas geladas. Em alguns deles, os maias custumavam jogar meninas amarradas a pedras como oferendas aos deuses.
Valladolid é uma cidade tranquila e calma, ainda que levemente voltada ao turismo, como atestam algumas lojinhas de suveniers na praça principal. Ficamos em um hotel bem central, situado em um casarão colonial, com um restaurante bastante bom. A região é boa para se comer frutos do mar e pescados.









13/12 Sex - Valladolid até Uzmal pela ruta Puuc (256 km)




A ruta Puuc se consiste de um conjunto de sítios arqueológicos localizados próximos a um circuito circular de estradas, que totaliza perto de 200km. Optamos por cobrir apenas a parte da ruta Puuc que continha os sítios mais interessantes segundo informações que havíamos colhido na Internet ou em guias de viagem.

Esse é um tipo de turismo um pouco mais específico e fora do circuitão. Nos livros de registros das ruínas, na data haviam apenas uns poucos visitantes registrados. Não haviam guias e nem vendedores de suveniers nas ruínas, o que permitiu uma visitação mais intimista, com fotos mais interessantes.
A última das ruínas, Uxmal, era a exceção, já que se tratava de um sítio arqueológico grande, com muitos turistas, guias e vendedores. A ruína é bem preservada, em especial o seu templo principal, uma pirâmide meio cônica de proporções consideráveis. À noite eles fazem um espetáculo de luz y sonido, que rende boas fotos noturnas. A narrativa da história é meio fragmentada, mas é um bom programa. Há um hotel bastante agradável ao lado das ruínas, que foi onde ficamos.









14/12 Sab - de Uzmal a Palenque (517 km)


Palenque fica no Chiapas, que é a região mexicana onde na década de 90 ocorreu um levante Zapatista. Uma região que inspira uma guerrilha é certamente uma região muito pobre e foi isso que atestamos.

De certa forma, parece que entramos em um México muito diferente daquele que vimos na península de Yucatán, que é toda formatada para agradar ao público americano.
Ficamos em um hotel em Paleque, que fica a uns poucos quilômetros da ruínas maias de mesmo nome. Passeamos pela cidade à noite e pudemos ver uma típica rotina de cidade de interior no México, com muita gente nas ruas e um caos urbano com os mais variados produtos e comidas a venda.

15/12 Dom - Visita a Palenque e deslocamento a San Cristobal de las Casas (213 km)






Visitamos as ruínas no início do dia. O assédio ao turista em Palenque é grande, com guias, guardadores de carros e meninos vendedores de toda a sorte de cacarecos. Tivemos o carro arranhado no estacionamento, o que gerou um pouco de raiva mas nenhuma consequência financeira mais séria, já que, posteriormente, na devolução do carro, o vistoriador simplesmente ignorou o arranhão.

Palenque foi o local onde foi descoberta a tumba de Pakal, o grande, debaixo de uma das principais pirâmides. O museu junto as ruínas é muito explicativo nesse sentido, ainda que uma répica da tumba se encontre também no museu de Antropologia da Cidade do México. A visita mostra uma cidade em meio a mata, sendo que boa parte do sítio ainda não foi escavado e permanece sob a floresta. Junto com o guia que contratamos no local, andamos um pouco pela floresta, que nos lembra vagamente a mata atlântica brasileira, e pudemos verificar vários monumentos enredados com as raízes das árvores.
Após a visita da ruína, ignoramos as várias cachoeiras da região e rumamos para San Cristóbal de las Casas, pois sabíamos que a estrada era complicada, ainda que não imaginássemos o quanto. Demoramos cinco horas para cobrir meros 200km, em um estrada cheia de curvas, vilarejos minúsculos e paupérrimos, quebra-molas e crianças maltrapilhas que estendiam cordas sobre a via para forçar a paradas dos motoristas.
Chegamos à noite, debaixo de uma chuva fina e muito frio, intensificado pelos 2300 m.a.n.m. de San Cristóbal. Buscamos um hotel legal e central e acabamos ficando na Casa Mexicana.



16/12 Seg - Visita a San Cristobal de las Casas


San Cristóbal é uma cidadezinha bastante pitoresca, mas também bastante turística, o que certamente rouba um pouco, mas não muito, da sua autenticidade. Há muitas mulheres carregando seus filhos nas costas amarrados por panos coloridos, muitas comidas de rua e vendedores dos mais diversos tipos de quinquilharias. A cidade conta com um casario colonial bem preservado e amplo, além de muitos restaurantes legais. No almoço comemos um prato com diversos tipos de temales, que são uns preparados de milho muito semelhantes às pamonhas brasileiras, mas enriquecidos pela grande variedade de milhos existente no México. Lá os temales são, em geral, feitos com as variedades de milho mais claras, de forma que a massa quase sempre tem um tom amarelo pálido ou quase branco, mas com uma grande variedade de recheios, que vai desde a carne de porco até o feijão, passando por alguns sabores adocicados.
Visitamos o Museu do Cacau e tomamos um chocolate quente bastante singular: gigantesco, sem leite, amargo e com 60% de cacau (o resto era açúcar, mas o sabor não era adocicado). Caiu muito bem na tarde fria e com uma chuvinha fina.




17/12 Ter - de San Cristobal a Ciudad del Carmen
Inicialmente planejávamos chegar até Campeche nesse dia, mas as dificuldades com as estradas que desciam de San Cristóbal tornaram o dia pouco produtivo. Na verdade, esse foi um dia no qual quase tudo deu errado. Saímos cedo de San Cristóbal, mas o GPS nos indicou um caminho que pareceu inviável: uma estradinha de concreto estreita e cheia de curvas. Precisamos pedir informações em um oficina mecânica na saída da cidade, onde o rapaz nos indicou o caminho correto, que, no entanto, não era muito melhor do que a primeira estrada. O caminho era asfaltado, estreito, com muitas curvas, muitos buracos e alguns deslizamento que interrompiam a estrada quase inteiramente. Muitas horas depois chegamos a uma estrada mais estruturada, mas mesmo assim com muitas curvas, que limitavam a velocidade a uns 60km/h.
Nesse ritmo, chegamos a Ciudad del Carmem, que, embora não seja uma cidade turística, tem uma boa estrutura hoteleira, devido a ser um ponto de acesso para as plataformas petroleiras no Golfo do México. No entanto, todos os hotéis da cidade estavam lotados e precisamos rodar muito até encontrar um onde um cliente havia acabado de ligar cancelando uma reserva. Foi a única sorte do dia.


18/12 Qua - de Ciudad del Carmen a Playa del Carmen (528 km)
Devido a os problemas do dia anterior, acordamos muito cedo e as 6:40 já estávamos na estrada. Mas nesse dia as estradas se revelaram muito boas, boa parte duplicada e com pedágio. Chegamos a Playa del Carmen relativamente cedo e dessa vez encontramos um bom hotel à beira-mar.
Ainda tivemos tempo de tomar um banho de mar e ajustar as coisas para nosso passeio a Cozumel no dia seguinte.


19/12 Qui - Cozumel
Saimos cedo para Cozumel já com um passeio de snorkelling contratado. Há muitos lugares para mergulho autônomo (com cilindro) em Cozumel, mas poucos para mergulho de superfície, assim, é preciso estar atento na hora de escolher o passeio.
O viagem até Cozumel foi com um transporte público - um catamarã gigantesco - que balançou muito devido ao mar agitado desse dia. Muita gente vomitou durante a viagem e o pessoal passou distribuindo saquinhos plásticos para todos.

Fomos a três arrecifes, com profundidade variando entre 6 e 20m. No último e mais profundo, o arrecife ficava muito profundo e se via tudo muito minúsculo, embora claro devido a grande visibilidade típica do Caribe. Nossa impressão geral foi que a ilha é, de fato, mais interessante para mergulhadores autônomos.

Depois alugamos um carro demos a volta na ilha. Pegamos o pontal sul fechado, mas mesmo assim o passeio valeu. As praias da ilha são muito belas, embora apenas as de mar aberto sejam públicas. A existência de praias privadas, em hoteis ou parques que você paga para entrar, nos causou muita estranheza: pode ser alguém dono de uma praia?


Jantamos na Casa Dênis, no centro de Cozumel. Comemos uma parrillada de frutos do mar que estava simplesmente fantástica. Fomos abordados por nada menos três mariacchis durante a refeição, colaboramos apenas com o primeiro.
Voltamos no Catamarã das 21h.






20/12 Sex - Isla Mujeres
De Playa del Carmen pegamos uma van até Cancún, de onde um catamarã saiu por volta das 10h, com um grupo de turistas das mais diversas nacionalidade. O passeio assumiu a caraterística do turismo caribenho: muita bebedeira, já que o barco era open bar; música alta; e uma alegria exacerbada e, talvez por isso, um tanto artificial. Pessoal, preferiríamos se Isla Mujeres ainda fosse uma aldeia de pescadores, onde pudéssemos comer mariscos à beira-mar após um mergulho nos corais. Hoje a ilha é um ponto turístico bastante lotado, cheia de lojas de artigos para turistas. A comida, para quem lá chega em um passeio de grupo, com hora marcada para tudo, se resume a uns self services aceitáveis. Os corais, esses sim, são a verdadeira atração da ilha e ficam em águas rasas e cristalinas. O mergulho é um pouco prejudicado pelo excesso de turistas, mas nada disso tira a beleza do lugar. Demos um pouco de azar e pegamos um dia com o mar um pouco batido, mas mesmo assim vimos muitos peixes.

21/12 Sab - Volta ao Brasil
Voltamos de Avianca, em um voo com conexão em Bogotá. Acabamos gostando da Avianca para esses voos mais longos, já que as opções de entretenimento durante a viagem são bem melhores comparadas aquelas oferecidas pela Copa Airlines no voo de ida. A conexão foi um pouco longa, mas aproveitamos o tempo para comprar umas gulodices em Bogotá. Chegado ao Rio no domingo pela manhã.

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